quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ela dormiu.

Então deitou-se, bem ao lado de seus livros e cadernos, arrumados e encostados na parede.
Querendo  materializar a literatura, afim de transforma-la em presença física para que não durma sozinha.
Estava deitada ao lado de seu amigo mais próximo, de sua paixão, seu talento. Estava ao lado de seus autores preferidos.
Seu quarto, sua cama, seu mundo. Suas letras, palavras, frases... seus textos. Sua imaginação. Sua história.
Aconchegou-se ao lado de tantas outras, e foi como se fossem uma coisa só. Então fechou os olhos e suspirou, se sentindo mais leve, se sentindo em casa.
Imaginava que no futuro, alguém também faria isso com seus livros, que choraria lendo seus textos de amor. Suspirou, dessa vez mais fundo e intenso, despiu-se.
Entregou-se ao sono, deitada nos braços da literatura.

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