domingo, 27 de novembro de 2011

Quarta carta.


Nenénzinho
Quarta semana, quase um mês. Acho que a saudade não pode ficar maior. Essa semana eu escrevi, me alimentei direito, arrumei meus livros, meus papeis sem pares. Andei dando mais vida a antigas lembranças. Eu lembrei tantas coisas nossas. Com essa minha mania de só me preocupar com o agora, eu sempre deixo as nossas coisas passadas passarem... Mas essa semana, tudo me veio como um filme... Desde a primeira vez te olhei com outros olhos até á quatro semanas atrás. Passei pelo primeiro beijo, regado a nervosismos e gargalhadas. Eu sentia uma insegurança digna de uma menina de treze anos, meu corpo parecia tomado por borboletas, que a cada segundo que se passavam, elas me tiravam um pouco mais do chão, minhas mão tremiam e eu fazia piadinhas sem parar. O beijo era o que faltava acontecer, eu esperava uma atitude sua, e mesmo que você tentasse parecer calmo, seus olhos passavam nervosismo. Era pra ser perfeito, mas assim que nossos lábios se tocaram, caímos na gargalhada e nesse momento eu pude ter a certeza que eu já era consideravelmente apaixonada por você. A melhor de todas, foi quando eu disse que te ama a primeira vez, eu já tinha certeza há uns três meses, mas eu era orgulhosa demais pra dizer primeiro. Quando eu dormia na sua casa, te olhei dormindo e sentindo vontade de chorar. Eu chorei por existir tanto de você e mim, aquilo tudo era seu, eu precisava a te entregar. Eu sabia que a hora tinha chegado, mas eu ainda não sabia o jeito perfeito de dizer. Levantei, abri a janela e fiquei olhando a lua, como se eu tivesse algum tipo de esperança dela me dar alguma dica.
Eu ainda chorava, lágrimas pura de felicidade. O amor tinha chegado pra mim, estava a três metros de distância de mim, dormindo. Tão lindo. Meu amor. E eu só conseguia pensar que te amava e no quanto isso era lindo. Você levantou, me abraçou por trás e me chamou pra voltar pra cama, me virou forte e viu minhas lágrimas, vi o brilho dos seus olhos mudar de foco. Começou a me perguntar o que tinha acontecido, e eu só chorava. Olhei pra lua, respirei fundo e disse que te amava. Que te ama muito, te amava de um jeito tão lindo que eu tinha vontade de chorar cada vez que você respirava. Lembrei da sua cara de bobo, com os olhos brilhando e rindo pra mim. E de um jeito tão reciproco me beijou, um tipo de beijo que eu nunca consegui descrever e só de lembrar, eu sinto as mesmas emoções daquela noite. Tantos momentos lindos, tantas coisas simples que são completamente eu e você. Acho que eu sou você. Sou de você.
A não vejo a hora de voltar e poder sentir tudo isso de novo, de novo e pra sempre.

Adriana.

2 comentários:

  1. Oi flor!!!belo texto!!!
    Parabéns pelo blog, amei e estou seguindo!!! :)
    Convido a seguir o meu tb!!!Adoraria te ver por lá!!!

    Obs: O blog anda meio doido e as vezes a foto de seguidora não aparece, qualquer coisa
    me avisa que eu volto flor!!! ;)

    http://jullycolorsplus.blogspot.com/
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    @JullyColors

    Bjokas

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