quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O inicio do fim.

Meu Deus, será que ele desiste nunca? Por favor, para de ligar Du... Du? Du porra nenhuma! Para de encher o meu saco Luiz Eduardo Machado, vulgo traidorzinho de merda!
Devo estar sendo vitima de algum tipo de tortura psicológica moderna, não consigo ver outro motivo justificável pra ele ficar me ligando, mandado sms, e-mail e mensagens no meu mural, fazendo tudo isso sem parar.
“Minha vida, eu não sou ninguém longe de você. Por favor... Sou um fraco, um fraco! Eu tô sofrendo tanto! Volta pra mim!” – Você tem uma nova mensagem – Quem vê assim, até pensa que a filha da puta sou eu. Principalmente, quando você fica choramingando e dizendo pros meus amigos que eu terminei contigo. E como ninguém sabe da história (até por que eu não, eu não sou nenhuma babaca pra sair contando a minha vergonha por ai), eu viro a “boba que perde um cara legal por capricho”. A minha vontade é de falar, de gritar por ai:
“O Luiz Eduardo é um traidor, um desleal, um belo d’um filha da puta mentiroso. Um babaca que não pensou duas vezes antes de meter o pau naquela piranha oportunista! Está ai, esse é o cara legal de vocês!”
Droga! Eu não aguento mais essa vontade de chorar, essa vontade de sumir. Vou desligar essa merda. Ele conseguiu me ligar 64 vezes em duas horas, mais de vinte mensagens que eu apaguei antes mesmo de ler. Eu vou acabar surtando.
Eu pareço uma personagem daquelas comédias românticas bem sem vergonhas, algum personagem criado por uma mente criativa e ligeiramente perturbada. Era tudo tão perfeito, ele parecia ser o amor da minha vida. Nesses três anos, ele sempre se fez tão confiável, sempre me pareceu tão sincero, com o tempo, conseguíamos ficar cada vez mais perfeitos, mais perfeitos um pro outro. Eu me orgulhava tanto na minha confiança em você, essa era à base do nosso amor. Você me traiu, eu vi. Vi com esses olhos que eram teus. Aquela cena fica na minha cabeça, ela me persegue, no banho, nas minhas leituras, no meu sono, nas minhas idas a padaria pra comprar sorvete, eu vejo você metendo o seu pau nela. Você meu, sendo dela. Usando a boca que dizia me amar pra beija-la .Isso tem uma semana, e eu estou aqui falando sozinha e sentada na janela, eu to chorando, a punhalada nas minhas costas ainda está sangrando. Olha, eu te amo tanto, mas tanto que eu vou acabar te perdoando, vou te perdoar por não conseguir ficar sem você e principalmente, pra que você possa assistir ao meu lado, o meu amor desmoronar do nosso penhasco. Quero que você assista de camarote a minha mudança, quero que você sinta o meu rancor, sinta a dor desta traição. Não vou te largar por que eu não vou conseguir viver ser você, eu preciso do teu cheiro. Mas o meu amor não tem mais alicerces, e eu não precisarei de muito tempo pra me recuperar, por que já já, ele vai morrer de vez, e a culpa não será minha. Amanhã, eu pretendo te atender, ouvir suas explicações, te perdoar e começar a acabar com isso.

2 comentários:

  1. esse deveria estar na bíblia, conheço mta gente que por um motivo ou por outro, merece e precisa ler esse texto...e essa história de sair como a chata é uma velha conhecida minha,por um momento, achei que era eu mesma falando, rs

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  2. Fica difícil saber qual o seu melhor texto Jiu.. Sério! Mas acho que esse é o primeiro no qual eu nada mudaria. :)
    Gostei muuuuito desse! Tirando a parte da traição e do "...eu vi. Vi com esses olhos que eram teus." parece que você encontrou na minha cabeça e contou a minha história.. :) Parabéns!

    "Amanhã, eu pretendo te atender, ouvir suas explicações, te perdoar e começar a acabar com isso."
    Eu só preciso começar a acabar com 'isso'.. =/
    Beeijos e mais uma vez.. Parabéns! :D

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