segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Alma de outono.

O calor fere a carne
e me aprisiona
mesmo que eu vista
apenas a pele.

A brisa quente aguça o desejo de fuga
desejo o frio ou a chuva.
Padecer de calor em casa
é como um amor não correspondido.

Mas meu amor
espero que entenda
Não tenho culpa
nasci com uma alma outono.

Prefiro quando o suor
é culpa do teu corpo.
E meus movimentos quentes
fluem sem anseio pelo fim.

Quando eu, entregue
obedeço os comandos
e tenho uma brisa fria
pra acalmar o calor que tu me dá.

Entenda
é tortura não poder
ser tua cama
nem travesseiro.

Meu amor
minha alma é de outono
nasci na primavera.
mas sou tua
no inverno ou verão.

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